CONHECENDO O RIO DE JANEIRO NUM CLIQUE
| Pilar em 'V' com nome do arquiteto Foto: Alexandra F. Rodrigues, 2015 |
MAM - MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO
Nome da OBRA
MAM-RJ Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Local
Avenida Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo,
20021-140
Rio de Janeiro - RJ
Brasil
Arquiteto criador
Affonso Eduardo Reidy - Museu
MAM-RJ Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Local
Avenida Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo,
20021-140
Rio de Janeiro - RJ
Brasil
Arquiteto criador
Affonso Eduardo Reidy - Museu
- Nascimento: 26 de outubro de 1909, Paris, França
- Falecimento: 10 de agosto de 1964, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
Roberto Burle Marx - Jardins
- Nascimento: 4 de agosto de 1909, São Paulo, São Paulo
- Falecimento: 4 de junho de 1994, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Vamos começar esse projeto hoje, agora. Ele se chama Conhecendo o Rio num Clique. Quero que você seja mais um a embarcar nessa viagem, que, com toda certeza, será de tamanha importância para ti.
O nosso canal, Brasil Informe Popular, se empenha e muito na busca e na pesquisa de todo o contexto histórico de cada obra, para expor aqui sempre da melhor forma possível.
Vale ressaltar que esse projeto tem como base executar uma busca por pontos turísticos, construções, parques e demais locais onde à arte, à cultura, o meio ambiente e o convívio social estejam presentes e/ou valorizados.
Sem mais delongas.
Embarquem nessa viagem cultural interativa, que hoje nos leva ao MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
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# Tendência
"Menos é mais". - Ludwig Mies van der Rohe
É com essa frase que iremos adentrar em nossa viagem.
| Perspectiva da Fachada Sul Foto: Alexandra F. Rodrigues, 2015 |
Sua escolha é dada por dois simples motivos: o primeiro deles é que somos ainda muito pequenos, quase que transparentes aos olhos. O segundo motivo é que com essa frase proferida pelo arquiteto alemão Mies van der Rohe, também se caracteriza o International Style, modelo funcionalista de arquitetura praticado na primeira metade do século XX, e, absorvendo os princípios usados por Le Corbusier na França, e fazendo o uso do concreto protendido como material predominante, Affonso Eduardo Reidy projeta o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, exemplo do clássico e puro funcionalismo sobreposto ao modelo arquitetônico da época anterior.
Dizer que menos é mais simboliza justamente o formato mais limpo de uma arquitetura. Não no quesito da limpeza propriamente dita, mas, em relação aos materiais, à função, ao formato e sua interação com o usuário, o espaço e natureza.
E essa tendência europeia mais funcionalista se firmaria e ganharia muita força no Brasil com nomes como Oscar Niemeyer, Rino Levi, Lúcio Costa, Vilanova Artigas e claro, Affonso Eduardo Reidy.
O que se pode notar ao visualizar critica e analiticamente o MAM é que ele simplesmente resume à máxima da integração e da preocupação do arquiteto em conectar seu feito à natureza, de uma forma única e dinâmica.
Reidy sente que precisa manter todo o conjunto das obras de arte expostas em sintonia com o exterior do Museu e assim o faz. Determina paredes somente para fechamento dos vãos, sem nenhuma função estrutural. Posiciona à laje do 2° pavimento fixada em tirantes de aço, com 10cm de diâmetro cada, fazendo com que nenhum pilar ou viga exista para manter existente todo esse pavimento
Projeta grandes vãos entre os pavimentos que serão posteriormente fechados com esquadrias de alumínio e vidro transparente. Além de ter todo o cuidado com à transparência, ele pensa muito também sobre seu posicionamento, ventilação e iluminação da obra. Se formos levar em conta como referência o Pão de Açúcar, percebe-se que o MAM segue paralelamente seu posicionamento, o que harmoniza a sua linearidade com o maciço já permanente, reforçando o seu cuidado aos elementos naturais.
O Museu é projetado para fazer uso em sua maior parte do dia da iluminação natural e, além disso, ainda se pode fazer o uso da iluminação zenital controlada.
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# História
(1948)
Bom, da criação do Museu de Arte Moderna podemos retomar ao final da década de 40, mais precisamente ao terceiro dia de maio do ano de 1948, quando é assinada à ATA inaugural de criação do Museu, sendo instalado temporariamente na sede do Banco Boavista, também recém-inaugurado e localizado na Praça Pio X, Centro do Rio.
À época de sua criação, além de ser um dos fundadores do museu, foi também seu primeiro Presidente, Raymundo Ottoni de Castro Maya, advogado, esportista, empresário industrial e colecionador de obras de arte muito importantes, como por exemplo obras de Claude Monet e Gustave Courbet. Gustavo Capanema assume como Presidente de Honra do Museu.
(1949)
No ano seguinte, época ainda bem próxima ao pós-guerra, o Museu de Arte Moderna faz sua exposição inaugural intitulada Pintura Moderna Européia, em sua alocação provisória e expões obras muito importantes de artistas internacionais como Pablo Picasso, Wassily Kandisky e Paul Klee, todas essas adquiridas em 1948.
(1952/53)
Em 15 de Janeiro de 1952 o museu se muda da Sede do Banco Boavista e passa a ocupar espaço no Palácio Gustavo Capanema, Sede do então Ministério da Educação e Saúde, localizado à Rua da Imprensa, também no Centro do Rio. Já que o início de 1952 teria sido de mudança, o final de 52 não poderia ter sido melhor. Em dezembro desse mesmo ano à Câmara dos Vereadores aprova processo que tramitava pela doação do terreno equivalente a 40.000 m², sendo esse ato oficializado ao próximo dia 03 de Janeiro de 1953 em publicação no Diário Oficial da União.
(1953)
1953 chegaria com tudo. Além da publicação no Diário Oficial sobre à concessão do terreno, em Janeiro, logo mais, no dia primeiro de Julho, é publicado no mesmo diário a demarcação do terreno. Não bastassem tantas conquistas pela frente que comandava o MAM, 1953 seria também o ano em que o franco-brasileiro Affonso Eduardo Reidy projetaria então à Sede oficial do Museu de Arte Moderna, tendo como parceria para seus jardins de entorno o artista plástico e paisagista Roberto Burle Marx.
É realizada na segunda sede provisória do MAM, a exposição do Grupo de Artistas Modernos Argentinos. Dentre outros compunham essa equipe Alfredo Hlito, Miguel Ocampo e Enio Iommi.
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| Escritório de Obras, 1954/55 Foto: Internet |
(1954)
Aos 09 de Dezembro de 1954 o Presidente da República à época, João Café Filho, crava a estaca fundamental que dá início às obras do Museu à partir do Bloco Escola.
Em julho deste ano é fundada à Cinemateca do MAM-RJ, com sessões no auditório da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
(1956)
Em Junho de 1956 são iniciadas às obras do Bloco de Exposições do Museu.
(1957)
Enfim conclui-se a construção dos restaurantes de luxo e do Bloco Escola, nova sede do Museu de Arte Moderna. A mostra inaugural apresentou trabalhos do pintor inglês Ben Nicholson e de 9 escultores britânicos.
(1958)
17 de janeiro de 1958 – O Presidente Juscelino Kubitschek planta a primeira de uma série de 48 palmeiras nos jardins do Museu.
27 de janeiro de 1958 – Inauguração do Bloco Escola com a presença do Presidente Juscelino Kubitschek.
(1962)
O projeto da Passarela Paulo Bittencourt é elaborado por Reidy com a colaboração do engenheiro Sidney Santos.
O projeto de urbanização do Aterro do Flamengo volta a ser elaborado pelo grupo de trabalho presidido por Maria Carlota de Macedo Soares, tendo Reidy como urbanista.
(1963)
Após 8 meses obra, aos vinte e seis dia do mês de Agosto, enfim, se inaugura à passarela Paulo Bittencourt.
(1964)
O Arquiteto Affonso Eduardo Reidy morre de câncer sem ao menos ver à obra do Museu concluída. O Movimento Modernista Brasileiro perde um de seus maiores e mais bem conceituados artista.
(1965)
Em 12 de outubro do ano de 1956 o Parque Brigadeiro Eduardo Gomes - popularmente conhecido como Aterro do Flamengo - é informalmente inaugurado.
(1967)
Em Abril de 1967 acontece à demolição da marquise do acesso principal ao Bloco de Exposições.
30 de outubro – Inauguração do Bloco de Exposições com uma retrospectiva de Lasar Segall. As fundações e a marquise do Teatro já encontravam-se construídas.
(1978)
Ao dia 08 de Julho 90% do acervo artístico do Museu de Arte Moderna é perdido por conta de um incêndio. Em menos de 30 minutos o fogo percorreu os 3 pavimentos do Bloco de Exposições, destruindo em torno de mil obras de artistas como Pablo Picasso, Di cavalcanti, Cândido Portinari, Dalí entre outros. Às causas do incêndio são desconhecidas.
(1998)
O Museu de Arte Moderna completa 50 anos.Inauguração da nova reserva técnica, dedicada a Regina Weinberg e José Mindlin.
(2005)
Em 15 de Agosto do ano de 2005 são retomadas às obras de construção ao Teatro, obra essa que modifica o projeto original de Reidy e que será agora uma casa de espetáculos chamada Vivo Rio. Esse projeto passou por inúmeras críticas e também caiu ao desagrado de muitos arquitetos por todo o Brasil.
(2006)
10 de novembro – Inauguração do Teatro.
(2008)
MAM 60 anos é a exposição comemorativa do aniversário do Museu, apresentando cinco núcleos expositivos que ocupam quase todo o Bloco de Exposições.
De lá pra cá muitas coisas se passaram e aconteceram no MAM - Museu de Arte Moderna. Vale muita uma visita ao local.
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# Conservação e Mantenedores
O Atual estado de conservação do Museu não está ruim, já que hoje o museu conta com um grupo de mantenedores comprometidos com o desenvolvimento e promoção da diversidade cultural além do interesse da permanência de obras importantes, assim como, da valorização de novos artistas, desenvolvendo inclusive oficinas que expressam essa vontade.
Com exceção ao jardim de Burle Marx em estado muito ruim, cito o que remonta à continuidade e o movimento do piso em pedras portuguesas, como o calçadão de Copacabana, todo o Museu e seu entorno estão valorizados como deveriam estar.
Policiais ocupam uma cabine permanente frente à fachada Norte do Museu e Guardas Municipais fazem rondas constantes por seu entorno.
Mantenedores / Sponsors
Petrobras
Bradesco Seguros
Light
Organização Techint
Parceiros / Partners
Bolsa de Arte do Rio de Janeiro
Credit Suisse Hedging-Griffo
IP Capital Partners
Revista Piauí
Salta Elevadores
Lei de Incentivo à Cultura
Ministério da Cultura
______________________________________________________________________# Datas e horários para visitação
O Museu, assim como de praxe no Rio de Janeiro, fecha às Segundas para visitação. Os demais dias da semana ele se encontra aberto, com horário diversificado que segue abaixo para consulta:
Terça - Sexta: Abertura às 12 horas e Fechamento às 18 horas
Ps.: O fechamento da bilheteria se dá às 17:30
Sábado - Domingo - Feriados: Abertura às 12 horas e Fechamento às 19 horas
Ps.: O fechamento da bilheteria se dá às 18:30
Tarifas
Exposições R$14. Ingresso família domingo até 5 pessoas.
Maiores de 60 anos e estudantes R$7
Cinemateca R$7
Gratuidades: Amigos do MAM, crianças até 12 anos e funcionários dos mantenedores e parceiros
Quarta após 15h entrada gratuita mediante senha, distribuída no mesmo dia (a partir de 15h). Estão disponíveis 2000 senhas para cada quarta.
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# Como chegar
O Museu está localizado entre o Centro da Cidade e a Zona Sul, portanto, está fixado num ponto referencial considerável, entre o Aeroporto Santos Dumont e o Monumento aos Pracinhas.
Não é difícil encontrar o Museu logo após ao chegar na Central do Brasil, por exemplo.
Cito a Central do Brasil por ser ela um referencial ainda mais conhecido. Lá, na Central, está o terminal ferroviário, de inúmeras linhas de ônibus e metrô, este último, tendo estação ainda mais próxima ao Museu, a Cinelândia.
Linhas de ônibus
Da Zona Sul
Via Parque do Flamengo: 472 (Leme), 438 (Leblon), 154 (Ipanema), 401 (Flamengo), 422 (Cosme Velho). Ponto na Avenida Beira Mar em frente à passarela.
Via Aterro: 121, 125 e 127 (Copacabana). Ponto na Avenida Presidente Antônio Carlos em frente ao Consulado da França.
Via Parque do Flamengo: 472 (Leme), 438 (Leblon), 154 (Ipanema), 401 (Flamengo), 422 (Cosme Velho). Ponto na Avenida Beira Mar em frente à passarela.
Via Aterro: 121, 125 e 127 (Copacabana). Ponto na Avenida Presidente Antônio Carlos em frente ao Consulado da França.
Da Zona Norte
422 (Tijuca), 472 (São Cristóvão), 438 (Vila Isabel), 401 (Rio Comprido). Ponto na Avenida Presidente Wilson, em frente à Academia Brasileira de Letras.
422 (Tijuca), 472 (São Cristóvão), 438 (Vila Isabel), 401 (Rio Comprido). Ponto na Avenida Presidente Wilson, em frente à Academia Brasileira de Letras.
Da Zona Oeste
Frescão Taquara-Castelo (via Zona Sul). Ponto mais próximo localiza-se na Avenida Presidente Wilson, em frente à Academia Brasileira de Letras. 309 (Central). Ponto na Avenida Beira Mar em frente à passarela.
Frescão Taquara-Castelo (via Zona Sul). Ponto mais próximo localiza-se na Avenida Presidente Wilson, em frente à Academia Brasileira de Letras. 309 (Central). Ponto na Avenida Beira Mar em frente à passarela.
Ps.: Em favor das mudanças no trânsito do Rio de Janeiro, alguns ônibus podem não estar cumprindo com sua rota original, visto que, muitas ruas mudaram o sentido desde o início das obras. Consulte ao motorista antes de embarcar no coletivo.
Metrô
Saltar na estação Cinelândia e caminhar até o museu.
Carro
Estacionamento pago no local e que funciona das 7:00 horas até 22:00 horas
Acesso à deficientes
O Museu dispõe de duas cadeiras de rodas, rampas de acesso, elevadores e sanitários especiais nos Salões de Exposição.
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# Seção de Fotos
Esta seção traz algumas imagens que simbolizam um pouco de como está o Museu de Arte Moderna atualmente.
Apesar de não ter havido nenhuma identificação agregada à imagem, vale ressaltar que todas elas possuem uma proprietária artística, e que caso sejam utilizadas posteriormente devem levar consigo sua autora, à fotografa Alexandra F. Rodrigues, que, cedeu um dia seu de trabalho para colaborar com o projeto.
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# Links e Contatos
Vídeo 1 - Incêndio no MAM
Vídeo 2 - Inauguração do MAM
Páginas e Documentos
Projeto de Pesquisa sobre o MAM
8º Seminário DOCOMOMO BRASIL
MAM: Contradição das Artes?
Educação e Arte
T +55 (21) 2240 4948
T +55 (21) 2240 4948
Educação e Arte – agendamento de grupos
T +55 (21) 3883 5611
T +55 (21) 3883 5611
Pesquisa e Documentação
Artes visuais – agendamento de pesquisa – pesquisa@mamrio.org.br
Artes visuais – agendamento de pesquisa – pesquisa@mamrio.org.br
Cinemateca
T +55 (21) 3883 5630
cinemateca@mamrio.org.br
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cinemateca@mamrio.org.br
Empréstimos de filmes – cópias de difusão em película 35mm e 16mm – agendamento de pesquisa – cinemateca_arquivo@mamrio.org.br.
Reprodução de imagens – cartazes e imagens fotográficas – agendamento de pesquisa – cinemateca_doc@mamrio.org.br.
Amigos do MAM
amigos@mamrio.org.br
amigos@mamrio.org.br
Clube de colecionadores
atendimento@mamrio.org.br
atendimento@mamrio.org.br
Livraria Piccola da Vinci
ter – sex 12h – 18h | sab – dom e feriados 11h – 18h
T +55 (21) 2524 4067
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Loja Novo Desenho
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