domingo, 18 de fevereiro de 2018

REBELIÃO NO RIO DE JANEIRO

Apenas dois dias após o pronunciamento da intervenção federal por parte das Forças Armadas no Rio de Janeiro, estoura o primeiro artefato que já coloca em risco uma parcela da sociedade.

Imagem dos detentos feita pelo helicóptero da PMERJ.

Segundo nota divulgada pela SEAP-RJ, quatro agentes estão como reféns no presídio Milton Dias, em Japeri, na Baixada Fluminense.

Segundo informações da própria SEAP, os detentos tentavam fugir no início dessa noite (18/02) mas foram  impedidos pelos agentes e, por esse motivo, deflagram uma rebelião. Diz ainda a nota divulgada que os detentos estão armados. 

A unidade Milton Dias é uma das 54 unidades prisionais do Estado, e como todas as outras 53, passa por problemas de superlotação. O Rio de Janeiro tem hoje mais de 50 mil detentos, quando os seus presídios comportariam pouco mais de 20 mil.

A SEAP acionou a Polícia Militar, que já está no local, inclusive com os Batalhões de Choque e o de Operações Especiais. 

O fracasso da SEAP se dá pela precarização do trabalho que ela desenvolve, que segundo o sindicato dos agentes penitenciários está carente de pessoal. 

Fracassada também se mostra essa agenda da intervenção, qual vai "brincar" de cuidar da segurança, sem ter capacidade para isso, justificando suas ações excessivas em necessidades urgentes que podem ser resolvidas caso uma gestão séria assumisse o Executivo deste Estado. 

O clima no Rio de Janeiro se mostra tenso, frágil e bastante hostil desde o pronunciamento da assinatura do Decreto de intervenção federal no último dia 16/02.

Os próximos episódios podem não ser nada satisfatórios, sobretudo porque o PCC acaba de perder o seu 3° homem na hierarquia, fato que pode configurar em represálias por parte da facção.

Não estamos vivendo dias de paz, e isso pode piorar e muito!

O melhor que fazemos é nos previnir!

Por Diego Muniz.

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